segunda-feira, 12 de outubro de 2009

O tempo esfria, a chuva começa a cair, e eu dentro de casa sentindo uma necessitadade imensa de sentir as gotas de água caindo sob minha pele. Coloco uma blusinha e uma bermuda velha, vou para chuva, e ali eu me encontro, sentindo aquelas gotas de agua que não param de cair que pra mim são lágrimas de várias pessoas chorando em prantos porque perdeu alguém, ou por amor. Lágrimas as vezes de alegria por ter encontrado alguém que não via a tempos, lágrimas que muitas vezes fazem bem ao coração. Aí o frio começa a apertar, mas me lembro que eu amo frio, sempre me imagino no sul ou na europa em ápoca de geada, tomando um chocolate quente com aquelas roupas magníficas que cobrem até o pescoço. Dai o frio passa e vem sensações, saudades, saudades do que ainda não aconteceu, de tempos que estão por vir ou que ao menos eu desejo que venham. Começo a chorar. As minhas lágrimas se misturam nas gotas que caiem, se misturam nas lágrimas de outras pessoas, de milhares de pessoas, e as razões de eu ter derramado lágrimas agora já não são mais importante, pois misturou com várias outras razões que com certeza tem maiores importâncias que as minhas. Meus pensamentos estão vagando por vários lugares, vejo que começou a escurecer, percebo que já estou toda molhada e tremendo de frio, mas não tenho vontade de entrar, pelo contrário tenho vontade de sair andando pela rua na chuva sem destino certo, com os pensamentos sem rumo. É isso que eu faço, começo a andar e a chuva começa a engrossar, eu sem prestar atenção pra onde estou indo percebo que meus pensamentos acompanham o rítmo da chuva. Paro para prestar atenção no barulho que as gotas fazem ao cair no chão, vejo de onde os músicos tiram suas inspirações, são barulhos bagunçados, mas ao mesmo tempo tão armoniozos. Recomeço a andar e pensar, quando dei por mim já estou de volta, na porta de casa. Começo a repassar o caminho que fiz, e vejo que apenas dei a volta no quarteirão, mas que acabei voltando para o mesmo lugar que iniciei essa trajetoria, mas percebo que sou outra pessoa totalmente diferente da que iniciou a caminhada, pois meus pensamentos me levaram pra longe, e quando voltei me senti bem, mais leve e com pensamentos tranquilos, pois lavei minha alma, lavei com lágrimas de dor, de alegria, de sofrimento, de paixão.